É comum ouvir um amigo dizer que abasteceu o carro com combustível aditivado, qualquer modelo
que seja, e que ele ficou “muito mais forte”. E também que a gasolina comum “é
suja”, que a aditivada “é besteira”, que a Premium (seja a BR Podium, ou a
Shell) é “jogar dinheiro fora”. Essas, entre outras lendas e mitos, acabam
deturpando a verdade sobre os inúmeros combustíveis disponíveis no mercado.
A verdade é que o consumo, independente do tipo de
combustível, não tem razão físico-química nenhuma que justifique diferenças
gritantes. Os três tipos de combustíveis vendidos no Brasil são, por força de
lei federal, misturados com 20% a 25% de álcool anidro. Vale lembrar que este
álcool não é exatamente o mesmo do outro combustível, que é o Etanol.
A diferença entre gasolina comum, aditivada e premium é
bastante simples; a primeira não contém aditivos de limpeza e dispersantes,
portanto ocorre, ao longo do tempo, acúmulo de detritos no motor e sistema de
combustão. A segunda, aditivada, traz uma série de “detergentes” especiais
misturados ao combustível; cada bandeira faz o próprio coquetel, e a sua
eficiência varia de acordo com a qualidade deles.
Por último, há a gasolina Premium/Podium — assim como o
combustível aditivado, ela também traz componentes de limpeza especiais, porém
tem mais octanas (fato que é aproveitado por veículos com alta taxa de
compressão, permitindo um total aproveitamento do potencial do motor), emite
menos enxofre durante a queima e, assim, causa menos impacto ambiental, já que
polui menos.
É possível, gradualmente, passar a utilizar gasolina
aditivada ou mesmo premium em motores “acostumados” com combustível comum. A
vantagem será, a longo prazo, mais durabilidade ao motor e seus componentes,
menos resíduos acumulados, manutenção da limpeza interna de tubulações, bicos e
câmara de combustão e, como já citado, menos poluição. E como é de conhecimento
geral, um veículo com seu “coração” limpo anda melhor e com mais qualidade.
E ao contrário do que diz o mito popular, qualquer veiculo à
gasolina pode usar a Podium da BR ou a Premium da Shell, sem quaisquer
problemas ao carro. Ele não é mais “forte”, portanto não estraga o motor, e
também não é “mais puro”, correndo tubulações.
Estes são mitos populares sem fundamentação alguma. O preço
mais alto dos combustíveis ditos “especiais” podem se justificar, a longo
prazo, já que seu carro continuará limpo e saudável. A Petrobrás recomenda que
usuários não troquem de combustível subitamente: se você for usuário de
combustível comum, deverá adicionar 10% de aditivada ou Podium a cada
abastecimento até completar 100%.
Adicionalmente, veículos “FLEX” abastecidos com ETANOL (ou
“alcool”, como é chamado popularmente) devem sempre colocar combustível de alta
qualidade (preferencialmente Podium ou Premium) no tanque de partida a frio,
pois a validade da gasolina é maior nestes casos. E para manter o sistema de
combustão limpo, é recomendado abastecer um tanque completo com gasolina a cada
três ou quatro tanques de ETANOL.
A tendência é que, com o tempo, a gasolina “comum”
desapareça, como ocorreu em certos países. A grande vantagem virá no futuro,
pois com uma frota inteira rodando com motores mais limpos reduzirá a emissão
de poluentes — e neste ponto, cada pequena ação é mais do que válida.
Aluno: José Ricardo Augustin da Silveira
Aluno: José Ricardo Augustin da Silveira
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